A Etiópia está a reforçar a vigilância, os meios de diagnóstico e assistência médica, assim como as informações de saúde pública para se preparar para um potencial surto de coronavírus. O país é uma das principais portas de entrada das companhias aéreas para a África. A sua companhia aérea nacional opera 34 voos por semana para a China. A Organização Mundial da Saúde está a apoiar todos os países africanos na intensificação das medidas necessárias para diagnosticar e controlar rapidamente uma infecção generalizada, caso o vírus chegue ao continente.
© WHO/Otto B.
A Etiópia está a reforçar as suas capacidades de preparação para um potencial surto de coronavírus (COVID-19). As autoridades sanitárias estão a intensificar a coordenação de resposta à epidemia, a vigilância, os meios de diagnóstico e a educação em saúde pública. A Etiópia figura entre os 13 países africanos considerados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como prioridade máxima no que diz respeito à preparação para o COVID-19, devido aos seus laços directos com a China ou ao elevado volume de viagens para o país.
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Como o coronavírus é um novo agente patogénico, a Etiópia, assim como muitos outros países., não tinha inicialmente capacidade para diagnosticar o vírus. Adamu Tayachew dirige uma equipa de oito técnicos no laboratório de referência nacional para a gripe e o arbovírus. "Começamos a recolher amostras no dia 25 de Janeiro de 2020. Onze amostras foram enviadas em três fases para os laboratórios da África do Sul para análise. As restantes amostras foram testadas aqui. O envio exigiu o envolvimento e a colaboração de várias pessoas e exigiu uma coordenação complexa. Foi necessário colaborar com várias entidades para enviar as amostras e depois monitorizar os resultados".
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A OMS enviou reagentes para cerca de 20 países africanos, incluindo a Etiópia, com visto a aumentar a capacidade de diagnóstico. O laboratório de referência nacional para a gripe e o arbovírus da Etiópia começou a realizar testes de detecção do vírus no dia 7 de Fevereiro. "O teste não é complicado. Agora, temos os reagentes e a documentação necessária". Os resultados são facultados no mesmo dia em que recebemos as amostras. Actualmente, recebemos até quatro amostras por dia para teste, mas prevemos que esse número venha a aumentar", diz Adamu.
Isolation centre in Bole Chefe in Addis Ababa
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Foram estabelecidos dois centros de tratamento e um de isolamento, com capacidade para acomodar um total de 109 camas. No centro de isolamento de Bole Chefe, nos arredores de Adis Abeba, os profissionais de saúde estão a tirar partido da formação que tiveram para lutar contra o Ébola para responder à ameaça do COVID-19.
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Os profissionais de saúde em Bole Chefe seguem rigorosamente as medidas de protecção adequadas durante a prestação de cuidados à pacientes suspeitos de terem sido infectados pelo coronavírus. Se a infecção for confirmada, o paciente portador do vírus é imediatamente transferido para um centro de tratamento. Há um centro de tratamento para os casos moderados e outro para os casos críticos. Cada centro dispõe de um respirador.
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Para reforçar a vigilância, foi criado um serviço de atendimento telefónico disponível 24 horas no centro de operações de emergência, em Adis Abeba. As pessoas podem usar a linha para informar os serviços de saúde, caso pensem estar infectadas pelo vírus ou tenham informações sobre casos suspeitos de coronavírus. O centro de atendimento telefónico serve igualmente para combater os rumores e a propagação de informação falsa sobre o vírus.
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Cerca de 60 membros de equipas de resposta rápida, incluindo profissionais de outras regiões do país, receberam formação para se prepararem para o coronavírus. A OMS destacou peritos técnicos em vigilância, gestão de pontos de entrada, prevenção e controlo de infecções, comunicação de saúde pública e logística para ajudar o governo etíope a se preparar para responder a um surto de COVID-19. A OMS também forneceu equipamento e materiais, incluindo reagentes para realizar testes de diagnóstico do coronavírus.
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